ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGIS­LATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 02.12.1993.

 


Aos dois dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e três reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Vigésima Segunda Sessão Solene da Primeira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Primeira Legislatura. Às dezessete horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidende decla­rou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a entre­ga do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Ivan Walter Langer, de acordo com o Requerimento nº 05/93 (Processo nº 0761/93) de autoria do Vereador Airto Ferronato. Compuseram a Mesa: o Vereador Wilton Araújo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Professor Ivan Walter Langer, homenageado; o Vereador Guilherme Barbosa, representante do Senhor Prefeito Municipal; o Senhor Orci Bretanha Teixeira, representan­te da Procuradoria Geral de Justiça; a Senhora Maria da Graça Fiorolli, repesentante do Conselho Estadual de Educação; o Se­nhor Firmino Cardoso, representante da Associação Riograndense de Imprensa. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Vereadores para se manifestarem sobre a presente homenagem. O Vereador Airto Ferronato, como proponente e em nome das Bancadas do PMDB, PT, PPR, PPS, PC do B, PFL e PSDB, lembrou a trajetória profissional do homenageado, falando de sua contribuição para diversas obras sociais em nossa Cidade, liga­das, principalmente, à educação. Declarou que o homenageado é Diretor da Escola Técnica que considera a mais importante do Estado: o Colégio Santo Inácio. Destacou a importante participação da Professora Celi na presente outorga lembrando, também, as aulas de Direito e Legislação que tinha à época, quando aluno da Colégio Santo Inácio, com o então Professor Nereu D’Ávila. Por fim, agradeceu os trabalhos prestados pelo Professor Ivan Walter Langer, desejando-lhe prosperidade e continuidade em seus trabalhos. O Vereador Nereu D’Ávila, em nome da Bancada do PDT, lembrou a época em que foi professor do Vereador Airto Ferronato no Colégio Santo Ignácio, declarando que, mais tarde, o próprio Vereador tornou-se um emérito e renomado professor. Declarou que o Professor Ivan Walter Langer, hoje, colhe os frutos que semeou em terra fértil, analisando os fatos ligados à corrupção que vem ocorrendo em Brasília dizendo que o Brasil não fenecerá em períodos autoritários e estabelecendo um paralelo com o período da Revolução Francesa. Teceu comentários sobe a vida do homenagea­do, dizendo que, como em Cristo, na sua simplicidade está a sua grandeza. O Vereador Jocelin Azambuja, em nome da Bancada do PTB, teceu considerações sobre o currículo do Senhor Ivan Walter Langer, elencando obras sociais ligadas à educação que tiveram decisiva participação do homenageado. Disse do quão fundamental é o investimento em educação, registrando o desgaste que tem sofrido a figura do professor em nossa sociedade. Declarou que a questão educacional deve sempre estar a cima de interesses partidários, dizendo que foi sempre essa a postura de nosso homenageado, desejando-lhe continuidade em sua luta em prol da Educação. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, assistirem a entrega do Título ao homenageado, realizada por Sua Excelênica, concedendo, logo após, a palavra ao Senhor Ivan Walter Langer, que disse ter o presente Título um significado humano e social entendido sob uma perspectiva cristã, agradecendo a todas entidades e pessoas que contribuiram para obtenção de todas as conquistas sociais que ensejaram a presente outorga. Lembrou a Universidade do Trabalho como etapa superior do Colégio Santo Inácio, agradecendo ao reconhecimento desta Casa e a pre­sença de todos, conclamando os presentes pela construção de um Brasil mais humano e justo. Em continuidade, o Senhor Presidente manifestou-se sobre a presente homenagem, falando da responsabilidade que traz a presente outorga e convidando todos para, em pé, assistirem a execução do Hino Nacional Brasileiro e, logo após, nada mais havendo a tratar, encerrando os trabalhos às dezoito horas e dezessete minutos. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Wilton Araújo e Secretariados pelo Vereador Airto Ferronato. Do que eu, Airto Ferronato, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Vamos dar início à Sessão Solene para entrega de título honorífico de Cidadão Emérito ao Professor Ivan Walter Langer.

O Requerimento é de autoria do Ver. Airto Ferronato e teve a aprovação unânime por parte dos Vereadores desta Casa.

Passaremos, de imediato, aos oradores que falarão em nome de suas Bancadas, em nome desta Casa. O primeiro deles é o Vereador requerente desta homenagem, deste título, Ver. Airto Ferronato, que falará pela sua Bancada, o PMDB, pelas Bancadas do PT, PPR, PPS, PCdoB, PFL e PSDB.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Wilton Araújo; Exmo Sr. Prof. Ivan Walter Langer, nosso homenageado e amigo; Exmo Sr. Ver. Guilherme Barbosa, representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre; Exmo Sr. Orci Bretanha Teixeira, representante do Procurador-Geral de Justiça; Exma Srª Maria da Graça Fiorolli, representante do Conselho Estadual de Educação; Exmo Sr. Jornalista Firmino Cardoso, representante da ARI; Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores, amigos do Colégio Santo Inácio.

Em 1969, eu vim de Arvorezinha para estudar em Porto Alegre, e meu irmão já era aluno da Escola Santo Inácio que, na época, funcionava na Av. Polônia. A partir daquela data, eu passei a conviver com o Prof. Ivan, hoje nosso cidadão de Porto Alegre, natural de Porto Alegre, desde 1963 já era o Diretor do Colégio Santo Inácio, hoje a nossa Universidade do Trabalho, localizada na Av. Padre Leopoldo Brentano, nº 700. Uma das atividades importantes, a partir de determinado momento, foi sem dúvida, o projeto de instalação do complexo escolar da Universidade do Trabalho, coordenada pelo Prof. Ivan. Esta Universidade, como todos nós sabemos, funciona nos moldes das universidades Laborales, da Espanha, e o nosso Prof. Ivan sempre esteve presente em todas as ações que se desenvolveram na escola, nas ações que se desenvolvem no Círculo Operário - ASCOPA e Federação do Círculo Operário, onde o Professor foi tesoureiro e conselheiro do Círculo, e um exemplo desse trabalhador comunitário e social, além das atividades de Diretor da Escola do Prof° Ivan nós poderíamos falar no nosso Pelotão da Brigada Militar que, anteriormente, funcionava, e eu sei, porque moro ali perto, no Bairro Humaitá.

A partir de um determinado momento, foi feita uma consulta ao Professor e à Escola sobre a possibilidade de, quando saísse o nosso pelotão da Brigada, colocá-la nas dependências da Escola. A princípio pensávamos numa sala onde antes funcionava a Universidade Ritter dos Reis. A partir desta proposta e da ação ativa, importante e vibrante do Prof. Ivan, hoje os bairros Humaitá, Navegantes e Farrapos contam com um pelotão da Brigada Militar composto por 140 homens: a 2ª Companhia que é, talvez, um dos mais bem equipados centros de atividade da Brigada.

Este é apenas um exemplo das inúmeras atividades que o Professor desenvolve para a cidade de Porto Alegre. O número de presentes a este encontro é um dos mais fortes indícios de que estávamos certos, quando propusemos este título ao Professor, pois esta presença numerosa demonstra o carinho que a Cidade tem pelo mesmo e pelo seu trabalho. É um homem que, mesmo antes de conhecê-lo, atua como Diretor da mais importante Escola Técnica da Cidade e, talvez, do Estado e do País.

Quando cheguei na Escola - dado à convivência de três anos do meu irmão, Augusto Ferronato, com a Direção da Escola, com os funcionários, com os professores e, especialmente, com o Professor. O Professor Ivan, dadas essas atividades que teve junto ao Pelotão da Brigada Militar, hoje é integrante do CONSEPRO, o Conselho de Segurança Pública nos bairros de nossa Cidade.

Antes de 1992, cada Vereador podia apresentar aqui na Câmara tantos títulos quantos lhe conviesse. Apresentavam um, três, cinco, não havia uma restrição ao número de títulos de cidadão. Hoje, por uma resolução aprovada no ano passado, cada Vereador apresenta apenas um título. Isto é um dado muito importante, pois dá um significado muito maior à homenagem e confere maior representação ao homenageado. A partir disso, comecei a refletir para quem daria o título de Cidadão de Porto Alegre. Surgiu-me o nome do Professor Ivan Walter Langer. Eu tinha certeza de que, se apresentássemos seu currículo, não haveria nenhuma dificuldade de se aprovar esta homenagem na Casa, em função da pessoa do Professor. E, a partir do momento em que decidi quem seria o meu homenageado, conversei com a Profª Celi e ela foi incansável nesta tarefa, estando presente desde os tempos da apresentação do projeto até hoje. E mais, lembro-me como foi difícil conseguirmos o currículo do Professor Ivan, pois queríamos pedir o currículo, mas não queríamos dizer porquê. É, portanto, um registro que faço da importância da Profª Celi neste ato.

Eu acredito que fazer esta homenagem, é homenagear o Professor, é homenagear a Instituição, o Círculo Operário, a Federação, é homenagear especialmente o Colégio Santo Inácio, a Universidade do Trabalho, o Ver. Nereu D’Ávila, que solucionou lá, foi meu professor, e tenho dito isto com muita freqüência aqui na Câmara e mais, aqui na Câmara também conversamos muito sobre a Faculdade do Trabalho, o que quer, onde estava à época dos nossos convívios, lá na Presidente Roosevelt.

É um registro importante a minha presença como Vereador, mas também é importante a presença do Ver. Nereu que foi professor no Colégio Santo Inácio e a presença do Ver. Jocelin, do Círculo de Pais e Mestres, dentre outros. Estamos bem representados em termos de sociedade e até em termos do ensino em nosso Estado.

Para finalizar, Sr. Presidente, gostaria de dizer algumas coisas sobre a Universidade do Trabalho. A Universidade do Trabalho presta, hoje, ensino de Eletrônica, Informática e Processamento de dados - na época, fiz Técnico em Contabilidade -, áreas importantíssimas para a Cidade. Sei disso porque acompanho a importância desses cursos em nível de mercado de trabalho. Sei também que temos ex-alunos do Colégio Santo Inácio e da Universidade que estão em Minas Gerais, em São Paulo, na Argentina, no Uruguai, aqui no Rio Grande do Sul e assim por diante. Damos importância, que é de se ressaltar, à forma como o aluno faz o curso e o seu estágio, onde ele é acompanhado e direcionado às empresas; normalmente essas empresas ficam com esses alunos, como por exemplo a CRT, a CEEE, etc. Tomarei liberdade de ler o nome de algumas que mantêm convênio: EXATRON, META, ELO, TATIEL, TCI, AUTOS, Elevadores SUR, CONTARREGIS, DIGITEL, PARKERS, OLIVETTI, ATH, MARCOTEL, BK, dentre outras. Ali é um ponto de reflexão, o Colégio em si, o Círculo Operário e o nosso aluno técnico.

Em todas essas ações sempre temos a figura forte, marcante, presente, ativa, competente, séria e bastante simples do professor Ivan dirigindo esses trabalhos. Além dessas ações do que faz o professor através dos seus conhecimentos técnicos e através do seu sistema de direção, não podemos esquecer também as qualidades do professor Ivan como pessoa. Ele é um líder comunitário. O professor Ivan é uma pessoa tenaz, criativa, ele idealiza e aquilo que ele idealiza não mede esforços no sentido de alcançar. O professor Ivan é uma pessoa amiga, é humano, é um conselheiro que encontramos, eu especialmente quando vim do interior, quando apresentávamos algumas molecagens lá no Colégio, isto é uma realidade, e o professor nos orientava, dava idéias sempre importantes.

Acho que é um marco para a Cidade homenagear o Diretor de uma Escola tão importante, sendo o Professor uma pessoa tão importante. Obrigado a todos os presentes e parabéns ao Professor e também aos Vereadores de Porto Alegre que aprovaram a concessão deste título tão merecido. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Gostaríamos de registrar e agradecer as presenças de todos os Senhores presentes, do Sr. Breno Mentz, Vice-Presidente da Federação dos Círculos Operários; do Sr. Rudy Chomer, Presidente da Associação dos Empresários do Bairro Humaitá; Professores, Funcionários do Colégio Santo Inácio; alunos, ex-alunos, amigos do nosso Cidadão Emérito.

Concedemos a palavra ao Ver. Nereu D’Ávila que falará em nome do seu Partido, o PDT, em nome desta Casa.

 

O SR. NEREU D’ÁVILA: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Wilton Araújo; Exmo Sr. homenageado, Prof. Ivan Walter Langer; Exmo Sr. representante do Sr. Prefeito Municipal, Ver. Guilherme Barbosa; Exmo Sr. representante do Procurador-Geral da Justiça, Dr. Orci Bretanha Teixeira; Exma Srª representante do Conselho Estadual de Educação, Profª Maria da Graça Fiorolli; Exmo Sr. representante da ARI, Jornalista Firmino Cardoso; minhas Senhoras e meus Senhores.

Gostaria de dizer nesta tarde festiva, Professor Ivan, para a nossa Câmara Municipal, para a comunidade de Porto Alegre, do quanto estamos felizes, pessoalmente e, também, em relação ao nobre Professor que alcança, hoje, um galardão, do qual fez muito por merecer.

Ilustre proponente, Ver. Airto Ferronato, nesta feliz idéia, trouxe-me a lembrança daqueles anos já faz vinte anos, porque foi na década de 1970, em que nós lecionávamos e éramos da Comunidade do Colégio Santo Inácio, quando o jovem Ferronato cursava o segundo ou terceiro ano de contabilidade e, hoje, é um Professor Emérito da matéria, com livros publicados e com reconhecimento em todo o Estado, o que muito me honra, por ter sido seu professor.

Nestes vinte anos e naquela época, sem dúvida, muitas coisas mudaram, mas no trabalho, na essência daquilo a que se propunha a filosofia do então Colégio Santo Inácio, não mudou nada, a não ser a ampliação desse maravilhoso trabalho comunitário, pedagógico do ensino profissionalizante que adveio do talento do Padre Inácio Valle, uma das grandes personalidades que esta Cidade viu desfilar. Que ele tenha, também, este momento, a nossa grande homenagem e referência pelas sementes que frutificaram e que ele lançou em terra fértil, como a parábola do semeador.

Sem dúvida, nos transportamos para a década de 1970, quando nós, ainda muito jovens, queríamos que a sociedade, o País, o Estado se desenvolvessem e neste diapasão, sem dúvida, hoje, colhe os frutos de uma das lideranças emergentes daquela década. O Professor Ivan, que mercê de diariamente, diuturnamente e anualmente, cada vez mais se dedica a imensidão deste trabalho, cujos frutos estão derramados por todos os quadrantes da Região Sul do Brasil. Então, é, sem dúvida, uma homenagem mais do que meritória e a presença deste qualificado e seleto auditório de amigos, plantadores e acompanhantes dessa idéia e trajetória do Padre Valle, do Professor Ivan e de tantos outros, eu tenho certeza de que os senhores e as senhoras todas, têm, como pessoas que também dividem o fruto deste trabalho que desembocará no séc. XXI com o mesmo fervor trazendo a mesma frutificação e os mesmos resultados, tão grandemente obtidos, nestes 20 anos da década de 1970 para a década de 1990.

Sem dúvida, senhores e senhoras, não poderia, no dia de hoje, deixar de colocar esse contexto localizado com o contexto por que está passando o País. Estarrecido, perplexo com o que está acontecendo em Brasília, mas com uma certeza, e isso é necessário que diga-se à população, através de nós todos, de um certo modo, cada um com responsabilidades lúcidas de liderança em relação à nossa comunidade, é de que o País não vai fenecer, inclusive não vai retroagir à negritude de períodos autoritários, os quais estão definitivamente arquivados da história obscura deste País. Não, absolutamente não. E mais, tudo isso está emergindo daquele longo período em que as mesmas irresponsabilidades, que as mesmas falcatruas, as mesmas roubalheiras eram feitas, só que sob um manto, abafadas pelo guante da ditadura e do autoritarismo, então não eram publicados. Porque hoje está o grande trabalho da imprensa, da mídia a divulgar tudo isso, que é a fratura exposta da face oculta do País, mas que deve ser extirpada e será, e o regime democrático sairá mais fortalecido. Estamos vivendo, agora, épocas semelhantes à Revolução Francesa de 1789, e cada período é um novo período. Na década de 1960 a liberação sexual, a pílula, a utopia do sonho eterno, do “paz e amor” de Woodstock. Na década de 1970, da qual participamos também, depois a realidade da década de 1980, onde caímos no nosso cotidiano, e agora a abertura para o século que vem, e temos que ser absolutamente coerentes com tudo isso, e enfrentar, como Robespière enfrentou, quando o próprio rei, naquela época, liderou uma fase da revolução Francesa, só não queremos, e nisso todos nós temos que dar as mãos, um novo Napoleão Bonaparte, ou um Fujimori.

E para isso é necessário que a Sociedade se alerte de que todos temos responsabilidades. Dizer que somente uma parte da Sociedade, aquela que é corrupta, que afunda o País, não. Foi dita uma frase por alguém de que somente a presença do povo irá obter resultados de cassações, de extirpação do mal todo que está acontecendo ao País. E este enfrentamento, cada um de nós tem responsabilidades, cada cidadão e cada cidadã tem que assumir o seu papel nessa nova Sociedade que nós queremos, porque, sem dúvida, a democracia deve ser ampliada, preservada, mitificada, e é dentro da democracia que nós conseguiremos tirar essas vergonhosas atitudes de alguns Setores, não são todos, do próprio Congresso Nacional e do Executivo Federal.   

O Professor Ivan - como Pedagogo, Dirigente de homens, de comunidades, um dirigente de Universidade como ele é - sem dúvida, além da sua parte pedagógica, psico-social tem também a sua cidadania, da qual ele não abdicará dessa parte de colaborar com a superação dessa face tão ruim, tão negra que nós estamos vivendo com esses infaustos acontecimentos advindos da Capital Federal.

Por isso, não se pode e não se deve em nenhum momento hoje e neste período em que se reúnem pessoas de responsabilidade, deixar de dizer isso, para que a população, que já não está acreditando em mais nada, e isto é muito ruim, que renasça nela a esperança e que nas mãos dela também está a responsabilidade, porque no ano que vem, por exemplo, tem eleições gerais no País, e é um momento de passar a limpo, em que aqueles que desservem, que enxovalham, que envergonham, inclusive a classe política, sejam definitivamente extirpados da vida pública brasileira, mas aqueles que trabalham, que se dedicam, que honram a parcela das populações que eles representam, que estes fiquem ao lado do povo, defendendo o povo que está inerte, está perplexo com tudo isso que está acontecendo.

Por isso, minhas senhoras e meus senhores, é um motivo de júbilo para esta Câmara, que representa, através dos seus 33 Vereadores, a população desta Capital, uma das principais Capitais do País. É um momento de júbilo e de felicidade ter aqui a ser homenageado uma figura destacada da Comunidade, como disse o proponente Airto Ferronato, uma personalidade simples, mas exatamente como Cristo, na sua simplicidade está a sua grandeza, e é através dela que nós o homenageamos, simbolicamente, como cidadão Emérito desta Cidade. Um abraço a todos vocês e felicidades a este Emérito Professor Ivan Langer. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Jocelin Azambuja, que falará em nome do seu Partido, o PTB.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente Ver. Wilton Araújo; Exmo homenageado Prof. Ivan Walter Langer; estimado representante do Sr. Prefeito Municipal, prezado colega Ver. Guilherme Barbosa; Exmo Sr. representante da Procuradoria-Geral da Justiça, Dr. Orci Bretanha Teixeira; Exma representante do Conselho Estadual de Educação, Profª Maria da Graça Fiorolli; Exmo representante da ARI, jornalista Firmino Cardoso, companheiro de muitas caminhadas; Senhoras; Senhores; amigos e admiradores do Prof. Langer.

Nós ficamos com medo de não poder estar aqui presentes porque estávamos envolvidos numa das Comissões da Casa que discute as questões relativas às crianças e aos Conselhos Tutelares. Mas, as coisas se coordenaram de forma tal que pudemos estar aqui prestando esta homenagem ao Prof. Langer. Foi muito feliz o Ver. Ferronato, que propôs esse título de Cidadão Emérito, essa láurea especial concedida pelo Município de Porto Alegre àqueles que realmente se destacam pelo seu valor e pelo seu trabalho, e muito bem se manifestou, assim como o nobre Ver. Nereu D’Ávila, que tiveram a oportunidade - que eu não tive - de ter um convívio maior com o Prof. Langer, de privar da sua amizade e da sua companhia. Mas, nós tivemos alguns contatos, ao longo dos anos, até na nossa atividade junto ao Círculo de Pais e Mestres, junto ao Movimento de Educação, e o Prof. Ivan Walter Langer tem uma vida toda dedicada à educação. Se pegarmos esse processo que foi iniciado pelo Ver. Airto Ferronato, que tramitou nesta Casa, que recebeu a unanimidade da votação dos Vereadores desta Casa, veremos o currículo que aqui foi juntado de algumas experiências profissionais do Professor. Eu gostaria de referir: Obra Social Santa Luzia, Vila Teodora, Professor de Estudos Sociais do Colégio Santo Inácio, Colégio N. Srª dos Navegantes, São Judas Tadeu, C. E. Rubem Dario, Colégio Santa Família, E. M. Francisco Pinto, em Viamão, Escola Dom Luiz, etc., uma série interminável de escolas, educandários, desse trabalho maravilhoso do Professor, do cidadão que se preocupa em formar novos cidadãos. E é tão importante isso para o nosso País! Nós, ainda ontem, podíamos ler nas páginas dos jornais e ver a manifestação de autoridades americanas que participavam de um encontro aqui em Porto Alegre, quando perguntavam a eles qual a forma de se desenvolver, de um País poder atingir um nível de desenvolvimento. E eles responderam aquela velha palavra mágica, que nós, neste País miserável e subdesenvolvido, que é a nossa colônia, o Brasil, temos que assumir essa realidade, não podemos viver na nossa ilha, fora da realidade que estamos vivendo, eles responderam: investimento em educação. Não existe outro investimento, não existe outra forma de se fazer vencer. É salário justo para professor, salário digno, é respeito para professor, para escola, para educação, para as novas gerações, para o futuro dos nossos filhos. Isso é o que, lamentavelmente, nos falta. Aí alguém vai dizer: lá, em tal lugar, é diferente; e, às vezes há uma ilha, neste universo imenso de 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, quando uma comunidade, algum grupo consegue desenvolver um trabalho melhor, mas o todo é totalmente comprometido. É importante ressaltar que há poucos dias o Ministro da Educação pela primeira vez teve coragem de assumir e dizer: a nossa educação é péssima; estamos numa situação educacional muito ruim. Disse isso perante ministros de todos os países latino-americanos. E foi cumprimentado pelos demais ministros, porque teve a coragem de assumir a nossa realidade. E se essa educação ainda existe dentro deste Brasil, é porque existem homens como o Prof. Ivan Langer e tantos outros professores que são, antes de tudo, grandes idealistas, porque se não, se dependêssemos dos governantes deste País, ao longo da sua história, a educação já não existiria mais neste País. Estaria sendo feita como se faz em muitos e muitos lugares desta nossa sociedade. Toda vez que um Vereador lembra, como o Ver. Airto Ferronato lembrou, de uma instituição como o Círculo Operário, do trabalho que desenvolve, da Universidade do Trabalho, da imagem de um professor. No momento em que se destaca um professor na sociedade, a gente lembra e fica até triste quando vê a imagem que o professor tinha no seio da sociedade, e a imagem que, lamentavelmente, hoje é dada ao professor. Temos que ter consciência dessa realidade. Antes um pai jamais ousaria levantar uma palavra contra o professor, hoje se diz barbaridades dos professores. Se acusa os professores de grevistas, de não quererem trabalhar, de vagabundos, etc. Me desculpem, mas eu não posso aceitar que um pai ou uma mãe diga ao filho para que ele não seja professor. Ora, onde vamos parar sem um Prof. Ivan Langer? Como ficaremos sem tantos outros professores que aqui estão? Não podemos. De maneira alguma. Temos que resgatar o professor, temos que resgatar a educação, temos que investir em educação, e isso para todos os governos, independentes de partidos, de siglas e independentes de ideologias, mas nós precisamos investir em educação. Eu tenho pregado sempre isso, inclusive na discussão do orçamento do Município eu dizia que se investe muito pouco na educação em Porto Alegre, no Estado e no Brasil, e se formos ver quais os países que cresceram, verificamos que são aqueles que investiram 50, 60% do orçamento em educação. Esta é a realidade! Por isso, acho que é muito importante, e foi muito feliz o Ver. Airto Ferronato em ter proposto esta homenagem ao Professor Langer. É importante valorizarmos aquilo que é fundamental na nossa sociedade: a educação e os mestres, pois tanto precisamos deles. Se o Ver. Ferronato está aqui é porque teve excelentes mestres que o levaram a esta condição. Se o Ver. Nereu D’Ávila, o Ver. Wilton Araújo, o Ver. Guilherme Barbosa e eu estamos aqui, é porque sempre houve professores maravilhosos por trás e que os fizeram chegar onde estão. Precisamos resgatar isso, realmente, precisamos tomar consciência na sociedade de que não podemos mais nos enganar. Temos que cobrar dos governos. Temos que fazer com que o Conselho Estadual de Educação seja um órgão máximo da educação, acima de grupos políticos, acima de partidos, que realmente decida as coisas relacionadas com a educação, que tome decisões corajosas, que tome decisões que realmente abram caminhos aos nossos filhos, e que peguem estes professores que são idealistas, que não têm partido, que não têm nada, e que querem um só partido, pois se perguntarem ao Prof. Langer qual é o seu partido, tenho certeza que ele responderá que é o da educação. Se perguntarem para qualquer professor, ele dirá que é a educação. Dirão que querem que a educação avance. Por isso, Professor, receba do Partido Trabalhista Brasileiro o nosso reconhecimento, a nossa homenagem e o nosso desejo de que continue a lutar e a motivar outros professores a prosseguirem neste caminho maravilhoso, que é preparar o futuro deste País. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos passar ao momento mais solene desta Sessão, que é a entrega do diploma que marca o Cidadão Emérito Ivan Langer. Convido a todos para que fiquem em pé.

 

(O Sr. Presidente procede à entrega do título de Cidadão Emérito ao homenageado.)

 

O SR. PRESIDENTE: Tenho a honra de conceder a palavra ao mais novo Cidadão Emérito da cidade de Porto Alegre. Saiba, Professor, que apesar de tudo o que ouvimos hoje - e certamente todos que aqui estão sabem muito mais dessa trajetória, desse belíssimo caminho percorrido pelo Senhor - o título de Cidadão Emérito é o reconhecimento maior que a Cidade, através de seus representantes, faz a este trabalho e a todo o seu empenho. Porto Alegre está muito agradecida a tudo isto, mas, tenho certeza também, de que não é só o título. A Cidade, a partir de hoje, vai cobrar um pouco mais também - se assim for possível - porque terá na galeria de seus Cidadãos Eméritos o grande Prof. Ivan Langer, que serve de caminho, serve de farol para guiar a todos nós, cidadãos. Neste sentido, a responsabilidade que traz este título é enorme, mas tenho certeza de que o Senhor, com sua trajetória, seus amigos, seus familiares e todos os que estão aqui, darão mais esta contribuição para a cidade de Porto Alegre. Tenho a honra de conceder a palavra ao mais novo Cidadão Emérito, Exmo Sr. Prof. Ivan Langer.

 

O SR. IVAN WALTER LANGER: Exmo Sr. representante do Sr. Prefeito Municipal, Ver. Guilherme Barbosa; Exmo Sr. representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr. Orci Bretanha Teixeira; Exma Srª representante do Conselho Estadual de Educação, Profª Maria da Graça Fiorolli; Exmo Sr. representante da ARI, Jornalista Firmino Cardoso; Exmo Sr. Presidente; Exmos Srs. Vereadores deste Parlamento nascido no distante ano de 1773; autoridades aqui presentes; Senhoras e Senhores.

Do trabalho humano e social de 32 anos, voltados para a educação de nossa gente, nas terras limítrofes e alagadiças do extremo noroeste da Cidade, chego hoje a esta Casa trazido pela alma gentil e o reconhecimento bondoso dos Representantes Legais e Escolhidos do nosso povo.

A outorga que me fazem os nobres Edis do título honorífico de “Cidadão Emérito” desta sempre bela, mui legal e valorosa cidade de Porto Alegre, assume significado humano e comunitário que vai muito além da minha pessoa. Só é possível entendê-lo, e até mesmo aceitá-lo, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, se recebido e compreendido dentro da concepção cristã da partilha, da inter-dependência e da co-participação.

É este o significado substantivo que possibilitou esta homenagem e permite a concessão deste título. É minha consciência ética que me faz, nesta hora, a um tempo solene e feliz, afetivo e grato, estender os méritos de tão alta e inesperada distinção, a todos os que com o ofertório diário de suas próprias vidas, tornaram possível os fatos e a história, fundamentos deste momento de intensa emoção e fraternal convívio.

Permitam-me, pois, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que eu contabilize os méritos desta outorga à comunidade local; às Associações dos Moradores da Vila Farrapos e do Bairro Humaitá; à Associação dos Empresários do Bairro Humaitá; ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública; à 2ª Cia. do 11º Batalhão de Polícia Militar; ao Movimento tradicionalista gaúcho, em especial ao CTG Vaqueanos da Tradição; ao Grupo de Escoteiros José Plácido de Castro; à Província Meridional da Companhia de Jesus; às Empresas da área Eletro-Eletrônica e Informática; ao Ministério de Educação e Desporto; à Secretaria e Conselho Estadual de Educação; à minha Família; aos meus amigos; aos colaboradores; aos funcionários, professores, pais e alunos do Colégio Santo Inácio.

Todos eles sempre estiveram muito presentes, garantindo pela sua dedicação, coragem e devotamento cada qual na área das suas respectivas responsabilidades, o crescimento quanto possível harmonioso de que foi viável realizar.

Enfim, como nossa obrigação maior, ao Movimento Circulista ao qual nos ligam mais de três décadas de muitas lutas em prol da promoção do trabalhador através do ensino profissionalizante.

A todos, bem como a quantos outros mais têm seu nome e sua vida empenhados na construção da história da educação de nossa gente. Transfiro honrado e agradecido as homenagens e profundas alegrias deste momento de festa.

E, como cabe ao educador ensinar e exemplificar o bem da obra de Deus e dos homens de boa vontade, sempre que tiver ocasião, de fazê-lo, Senhor Presidente e Nobre Vereadores, peço vênia para não furtar-me a esse dever, neste momento. Os Círculos Operários surgiram na década de 1930, na cidade de Pelotas. Hoje são 47 no Estado, agregados em uma Federação que por sua vez está ligada à Confederação Nacional dos Trabalhadores Cristãos com sede em Brasília.

O Movimento Circulista é autônomo, sem vinculação política ou religiosa. Seu patrimônio é a sociedade. A ela está devotado para promover o homem e a justiça social. Os Círculos Operários sempre lutaram por uma correta distribuição de renda e a promoção do trabalhador, através da congregação de esforços dos associados. É, no seu coração e na sua alma, um grande movimento de humanização que definimos pela busca incessante da promoção do trabalhador; pelo estudo e a prática da doutrina social cristã; pela devoção filial à Nossa Senhora Medianeira.

Não seria justo nesta hora calar o nome do inesquecível Padre Inácio Rafael Valle S. J., figura maior do Circulismo. Pela sua vida sacerdotal totalmente dedicada à causa operária. Acompanhado de líderes leigos que comungaram a mesma luta de redenção e justiça social, eles obtiveram construir esta gigantesca obra, que hoje compreende creches, policlínicas, casas de formação, escolas como o Colégio Santo Inácio e a Universidade do Trabalho. Foi por suas atividades que o Padre Valle S. J. recebeu o título de Cidadão Porto-Alegrense no dia 09/05/1978, por indicação do então Vereador Wilson Arruda, das mãos do Prefeito da época Guilherme Socias Vilela.

O Colégio Santo Inácio surgiu em 1953 de um curso vespertino para alfabetização de empregadas domésticas, ministrado pelas Irmãs Vicentinas. Evoluiu para ginásio comercial e, depois, para curso técnico de contabilidade. Foi neste curso que ingressou em 1970, vindo de Arvorezinha, o jovem Airto Ferronato, que ali o concluiu em 1972. Mais tarde, conquistou o bacharelado em Ciências Contábeis, exercendo hoje como sabemos variada e ampla ação profissional e política que tanto nos orgulha e dignifica toda a comunidade Porto-Alegrense.

Resta ao mestre de ontem dizer ao Bacharel brilhante de hoje, seu jovem discípulo de 1970, da alegria e do reconhecimento de ver-se lembrado agora. O bem que professores e alunos juntos buscaram, de almas abertas e fiéis, e a abençoaram com árduo e diuturno fazer, hoje está aqui, possibilitando a muitos jovens construírem sua história mais feliz e mais humana.

A Universidade do Trabalho, como etapa superior do Colégio Santo Inácio, sedia-se na Vila Farrapos, numa área de 28 hectares de banhados, cujo aterro consumiu cinco anos de trabalhos e 100.000 tombadeiras de aterro. Hoje, suas construções somam mais de 6.000 m², onde se localizam salas de aula, laboratórios, oficinas, salas especiais. No seu campus, funcionam, totalmente voltados para a comunidade, o CTG Vaqueanos da Tradição, o Grupo de Escoteiros José Plácido de Castro, o Núcleo do Círculo Operário Porto-Alegrense, a 2ª Cia. da Brigada Militar, a Escola Estadual Osvaldo Vergara, além de uma ampla área de esportes e lazer.

Só um sonhador persistente movido pelo ideal de servir como foi o Padre Valle, poderia estar à frente da materialização de obra tão extraordinária. Foi sua grande fé que obteve doações da Espanha, da Alemanha, dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Todos os Prefeitos da Capital e a Câmara Municipal, através das sucessivas legislaturas, sempre estiveram sensíveis e prontos a colaborar. Graças a tantos beneméritos, temos hoje estudando 700 alunos nas terminalidades de Eletrônica e Informática. Já são mais de 1.000 os profissionais formados que atuam espalhados pelo Estado, pelo País, e mesmo pelo exterior.

A Escola, Universidade do Trabalho, estrutura-se através de funções que atendem à integralidade da pessoa humana. É uma escola de qualidade total, que prima pela busca sincera da identidade pessoal do aluno e sua inserção progressiva e consciente na força do trabalho, apoiado no domínio dos recursos científicos e tecnológicos, que lhe permitam situar-se com consciência crítica diante da sociedade atual, como ser componente, livre e responsável.

Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na vida humana quem mais serve, mais cresce em felicidade e realização. Estou muito honrado e feliz pela distinção que me atribuem. Mais feliz me sinto, todavia, pelo fato de estar sendo lembrado e reconhecido, pela Colenda Câmara Municipal de Porto Alegre, o Movimento Circulista, cuja existência e história, constitui-se num grande e edificante exemplo de amos à pessoa, ao cidadão e à vida. Esta política silenciosa e fiel da construção de pessoas mais justas e felizes, para termos comunidades mais integradas e fraternas, é a grande e definitiva ação política. Desejo ardentemente que, cada dia mais, um número crescente de pessoas se integre à missão inadiável neste País de prover a dignidade humana através de uma convivência social mais leal e justa.

Agradeço a Deus por ter-me inspirado e mantido na fé, essência da vida humana. Agradeço a todos que, pelo seu trabalho e presença, tornaram possível este momento inesquecível para mim. Agradeço ao meu colega de Magistério, Ilustre Ver. Nereu D’Ávila, pela eloqüente oração, como vibrante sempre foram, suas aulas de Direito e Legislação. Agradeço ao nobre Ver. Jocelin Azambuja, por suas palavras e seu estímulo, pois o considero uma voz sempre alerta e em prol da educação de nossa Cidade. Agradeço ao discípulo de ontem, ilustre Ver. Airto Ferronato, hoje, mestre de tantos, que idealizou esta homenagem, conduzido, certamente, pela sua sensibilidade e grandeza interior. Antes, o nobre Vereador disse que, quando era moço, fazia bobagens. A maior bobagem o Senhor fez agora! Agradeço a esta Casa Legislativa que enobrece o Parlamento Brasileiro, pela sabedoria e prudência de sua conduta, por conceder-me tão “insigne” honra.

Finalizando, permita-me, Sr. Presidente, que conclame todos os presentes, para a construção de um Brasil mais fraterno, socialmente mais confiável e justo, humanamente mais autêntico e verdadeiro. Um País que todos desejamos que seja possível, para nossos filhos e nossos irmãos, tanto quanto para nós mesmos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Cidadão Emérito Ivan Langer mostrou que tem habilidades, na tribuna, muito grandes. Esta Casa, quem sabe, no futuro, o terá como representante legítimo da população.

Ao encerrarmos esta solenidade, vamos encerrá-la como convém, como pede o momento histórico que a Cidade e esta Casa vive hoje, que o País vive e atravessa, muita responsabilidade a cada um de nós, muito civismo, muita vontade de ajudar a todos. Vamos ajudar, enquanto sociedade. Ouçamos o Hino Nacional.

 

(É executado o Hino Nacional.)

 

O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h17min.)

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